O Functional Movement Screen (FMS) é amplamente utilizado para avaliar a competência de movimento e prever lesões em atletas profissionais e amadores. No entanto, um estudo recente questiona a eficácia desse método ao comparar as pontuações do FMS entre atletas do ensino médio, universitários e profissionais. A pesquisa, que analisou 36 estudos e envolveu 708 registros, revelou que as pontuações compostas do FMS permanecem invariáveis entre diferentes níveis de competição.

Este achado surpreendente sugere que para aumentar a eficácia da avaliação com o FMS, fatores adicionais devem ser considerados ao avaliar o risco de lesões. Esses fatores podem incluir idade, histórico de lesões, força física, condições dos equipamentos e do ambiente de jogo. Assim, o FMS deve ser complementado com outras avaliações para uma análise mais abrangente da saúde e do desempenho atlético.

Para indivíduos com alterações biomecânicas, os resultados deste estudo têm implicações significativas. A identificação de deficiências de movimento através do FMS pode auxiliar na criação de programas de reabilitação e prevenção mais eficazes. No entanto, é crucial que essa avaliação seja acompanhada de testes adicionais que considerem outros fatores de risco. Ao adotar uma abordagem multifacetada, que integra o FMS com outras avaliações específicas, é possível desenvolver estratégias de intervenção mais personalizadas e abrangentes. Isso não apenas melhora a segurança e o desempenho dos atletas, mas também promove uma recuperação mais eficaz e a prevenção de futuras lesões. Em suma, o estudo enfatiza a necessidade de uma abordagem holística na avaliação e na prevenção de lesões, utilizando o FMS como uma ferramenta complementar dentro de um conjunto mais amplo de práticas de saúde e bem-estar. E aqui no CEMEP nós promovemos isso associando, por exemplo, avaliação estabilométrica, baropodométrica e análise biomecânica do movimento.